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sexta-feira, 3 de julho de 2009

A base dos nossos relacionamentos

Nessa semana recebi um telefonema da minha mãe, pedindo que eu fosse descarregar o caminhão da mudança da minha tia que acabava de chegar aqui no bairro. Lá fui eu atender o pedido da minha mãe... sobe e desce escada... vem-me a mente a seguinte "sacação": Nossos relacionamentos sociais deviam ser na verdade como os familiares; sem muita frescura, sem protocolos, sem discursos, sem arrodeios. Você vai dizer que isso é mais uma daquelas utopias fantasiosas idealistas. Pois eu digo que tudo que fazemos fora de casa sofre de algum tipo de alienação. Não conseguimos nos apresentar em nossa "completude"(plenitude); na realidade ninguém quer mostrar-se como de fato é; então confeccionamos as máscaras para nos protegermos, certo? o fato é que atrás das máscaras, a base de nossas relações é a desconfiança; mostrar fragilidades, nem pensar. Claro, tenho que admitir que dentro de casa fazemos também um certo teatrinho, mas pelo menos, não é sempre; estamos envolvidos em tantas situações que os atritos não tomam as mesmas proporções que aqueles que ocorrem fora. Acontece que nas nossas relações, esquecemos que somos filhos, irmãos, pais. Um dia, estando Jesus ensinando, cercado por várias pessoas,sua família procurava oportunidade para falar-lhe; alguém no meio da multidão diz: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo. Jesus indaga: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E apontando para os discípulos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Por que qualquer que fizer a vontade de meu pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe". (Vai parecer "forçação" de interpretação) mas esse é modelo de relacionamento adotado por Jesus; fazer de seus seguidores, pais, irmãos, irmãs. Na sua morte, pregado na cruz, Jesus fala para João: Eis aí a tua mãe(referindo-se a Maria). E para Maria, ele diz: Mulher eis aí teu filho. O apóstolo Paulo escrevendo a Timóteo, diz: Não repreendas asperamente a um ancião, mas admoesta-o como a pai; aos moços, como irmãos; as mulheres idosas, como a mães; as moças, como a irmãs, com toda a pureza. A proposta divina para os nossos relacionamentos é que não haja alienação. O que somos(pais, mães, filhos, irmãos, irmãs) deve ser levado em conta em qualquer relação. (PUblicado em 09 de agosto de 2010)